Em 1584, o convento das Comendadeiras de Santos detinha uma vasta área; sobre os chãos foreiros às Comendadeiras se construiu, em 1584, o Convento das Carmelitas descalças de Stº Alberto, também denominado Convento das Albertas.
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Capela do Convento de Santo Alberto |
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Capela do Convento de S. Alberto |
Já no sec. XVII, por volta de 1690, foi mandado construir um palácio em terreno anexo ao convento por D. Francisco de Távora, 1º conde de Alvor. O palácio de configuração rectangular, confinando a poente com o convento de Santo Alberto, foi vendido pelo filho de D. Francisco a Matias Aires Silva Eça, provedor da Casa da Moeda, cerca de 1747. Matias Eça arrendou o edifício de 1759 a 1762 ao conde de Metch, embaixador alemão, por 3 mil cruzados anuais, e posteriormente ao cônsul holandês Daniel Gildemeester; cerca de 1775, este mandou realizar obras de conservação e decoração, de que restam ainda alguns tectos estucados, possivelmente atribuídos a Giovanni Rossi, tal como a porta monumental em estilo barroco.
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Portal do Palácio Alvor-Pombal |
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Palácio Alvor ou Alvor-Pombal |
A morte de Matias Aires de Eça provocou a venda da casa pelos herdeiros a um irmão do marquês de Pombal, Paulo de Carvalho Mendonça, tendo depois pertencido por herança, ao próprio Marquês. Na época foram colocadas nos dois portais exteriores e na porta de acesso ao salão nobre, as armas de Pombal.
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Portal exterior do Palácio Alvor-Pombal |
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Brasão dos Marqueses de Pombal |
Durante o sec. XVIII esteve o palácio quase sempre alugado pela família Pombal. Em 1882 tinha o Estado Português alugado o palácio, aí se tendo inaugurado a 12 de Janeiro, com a presença de D. Afonso XII de Espanha e D. Luis I de Portugal, a Exposição de Arte Ornamental, organizada pela Academia Real de Belas-Artes e apadrinhada por D. Fernando II, que para ela contribuiu com o empréstimo de várias peças da sua colecção particular. Tendo a exposição sido um sucesso, com cerca de 100.000 visitantes, decide-se três anos depois o Estado Português a comprar o Palácio Alvor, para aí criar o Museu Nacional de Belas-Artes e Arqueologia; após a implantação da República o museu foi denominado em 1911 como Museu Nacional de Arte Antiga.
Em 1918 é demolido o convento de Santo Alberto, que se encontrava em ruínas, tendo sido poupada a capela. Após vários projectos, é aprovado o de Guilherme Rebelo de Andrade, que começou a ser executado em 1933, construindo-se então o denominado Anexo, com faustosa entrada pelo Jardim 9 de Abril, inaugurado em 1940, por altura da Exposição do Mundo Português.
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Anexo do Museu Nacional de Arte Antiga |
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Entrada do Anexo do Museu |
Nos anos seguintes remodelou-se o palácio com a construção de um corpo oriental e modificação do antigo edifício. Nos anos 80 foi submetido a nova restruturação, com um projecto de João de Almeida, o mesmo arquitecto que planeou a última remodelação em 1992.
O Museu tem ainda um belo jardim virado a sul, com uma magnífica vista sobre o rio Tejo, o qual deveria ser mais amplamente divulgado aos visitantes.
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